O Banco Central do Brasil autorizou na quinta-feira a maior bolsa cripto local, o Mercado Bitcoin, a participar do piloto do mundo digital, a moeda digital do banco central do país sul-americano (CBDC).
O consórcio liderado pelo Mercado Bitcoin conta com a Mastercard, a corretora Genial, a registradora Cerc e a fintech de software financeiro Sinqia como parceiros, informou o jornal local Valor.
Também na quinta-feira, o banco central deu luz verde ao banco estatal brasileiro Caixa para participar de seu piloto CBDC, juntamente com o provedor de cartões Elo e Microsoft.
O Mercado Bitcoin havia sido deixado de fora da escolha de 14 participantes do banco central no final de maio porque o consórcio carecia de pelo menos uma instituição financeira ou de pagamento regulamentada com acesso direto à rede financeira nacional do Brasil. Isso mudou depois que o Mercado Bitcoin recebeu a licença de instituição de pagamento do banco central, em 2 de junho.
“Nossa participação valida a intenção do Banco Central de trazer inovação para o sistema financeiro com quem já trabalha com essa tecnologia e não apenas com os incumbentes que dela se apropriaram”, disse Fabricio Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, Valor adicionado.
“Temos o prazer de fazer parte do consórcio selecionado para participar do piloto Real Digital no Brasil. A Mastercard continua a se engajar em uma série de parcerias para construir confiança e conformidade no ecossistema de ativos digitais, ao mesmo tempo em que resolve problemas do mundo real”, disse Walter Pimenta, vice-presidente executivo de Produtos e Engenharia da Mastercard América Latina e Caribe, à CoinDesk em uma afirmação.
O banco central vai começar a incorporar participantes na plataforma Real Digital Pilot em meados de junho de 2023. Segundo a Glovo, o consórcio pretende participar nos testes de emissão da CBDC e dos bilhetes do tesouro e procurará testar aspetos técnicos da rede e do modelo de governança da tecnologia de contabilidade distribuída.
O CBDC está programado para ser lançado até 2024 pelo banco central, que vê uma moeda digital como uma forma de aumentar a participação no sistema financeiro.
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